Professora teve conta bancária movimentada após ser envenenada e morta em Ribeirão Preto, diz advogado

  • 09/05/2025
(Foto: Reprodução)
Mãe de Larissa Rodrigues também morreu recentemente e deixou um seguro de vida para a filha. Ministério Público apura se pedido de divórcio motivou crime. Advogado da professora que morreu fala da investigação de divisão de dinheiro e bens O advogado da família da professora de pilates Larissa Rodrigues afirmou que ela teve a conta bancária movimentada depois de ser envenenada e achada morta em Ribeirão Preto (SP) em março deste ano. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp O médico Luiz Antonio Garnica foi preso suspeito de envolvimento na morte da esposa. A mãe dele também foi presa por suposta participação no crime. Nesta quarta (7), o Ministério Público disse que a professora pode ter sido morta porque tinha a intenção de se divorciar do marido (veja abaixo detalhes). Segundo o advogado Matheus Fernando da Silva, a mãe de Larissa morreu recentemente e deixou um seguro de vida. Silva destacou, no entanto, que a família não sabe como a quantia recebida pela professora foi usada. "A mãe da Larissa faleceu faz cinco meses, e o seguro de vida, prefiro não falar o valor, foi partilhado entre o pai, um irmão e a Larissa. A família não sabe o que ele [Luiz] fez com o dinheiro. O dinheiro, como ela faleceu, pela lei, passa a ele, mas acredito que o caminho da investigação vai querer saber disso. A pessoa que movimentou a conta da Larissa pós-morte não tinha autorização", disse. Uma amiga de Larissa destacou que a professora vivia um casamento em crise e uma rotina constantemente monitorada pelo marido. De acordo com a empresária Maísa Ramos, Garnica começou a fazer um curso de pós-graduação em São Paulo e, segundo o que ouvia da amiga, ele passou a ter um comportamento mais distante. Além disso, antes de morrer, Larissa havia descoberto que tinha sido traída pelo médico. A professora de pilates Larissa Rodrigues morreu em Ribeirão Preto, SP, em março deste ano Arquivo pessoal O comportamento mais frio do suspeito também chamou a atenção do advogado depois da prisão. "Na prisão, ele não falou em nenhum momento: 'quero saber quem foi que envenenou minha esposa'. E, sim, muito preocupado com ele", complementou Silva. A defesa do médico disse que ainda não teve acesso às provas produzidas pela polícia e que Garnica é inocente. Já a defesa de Elizabete Arrebaça, mãe dele, informou que vai entrar com pedido de liberdade, porque a idosa tem vários problemas de saúde e não existe cadeia pública na região em condições adequadas ao tratamento que ela precisa. LEIA TAMBÉM: Quem era a professora envenenada e morta em Ribeirão Preto Quem é o médico preso por suspeita de envolvimento na morte da esposa envenenada Professora reclamou de diarreia, vômito e tontura dias antes de morrer envenenada Descaso pela situação financeira Manicure de Larissa e da mãe, Alessandra Xavier de Marchi destacou à EPTV, afiliada da TV Globo, que a situação financeira da professora era motivo de descaso por parte da família do médico. "A própria Maria Celia [mãe de Larissa] chegou a comentar comigo que eles faziam descaso da Larissa pela situação financeira, pelo pai que morava do lado de cá, e não na zona Sul. A mãe dela chegou a comentar isso comigo", lembra. Larissa Rodrigues, o médico Luiz Antonio Garnica e a cachorra do casal, Pandora, em Ribeirão Preto, SP Reprodução/Redes sociais Pedido de divórcio O Ministério Público obteve acesso a mensagens que Larissa Rodrigues enviou para o marido para falar sobre a separação do casal. “O que a investigação aponta, até o momento, é bom deixar claro, é que a vítima tensionava, buscava o divórcio do investigado. Inclusive já tinha mandado mensagens para ele na véspera, na noite anterior ao crime, dizendo que na segunda-feira eles poderiam entrar em contato com o advogado para resolver tudo. Então, me parece que a motivação do crime é com relação ao pedido de divórcio”, diz o promotor de Justiça, Marcus Tulio Nicolino, que acompanha o caso. À Polícia Civil, uma prima declarou que Larissa chegou a confrontar o companheiro, que negou a traição. Para o promotor, uma eventual disputa por bens entre o casal não está descartada para a investigação. A prisão de Garnica e da mãe dele, Elizabete Arrabaça, é temporária e vale por 30 dias. Mensagens enviadas por Larissa Rodrigues ao marido Luiz Antonio Garnica antes de morrer em Ribeirão Preto, SP Reprodução/EPTV Com as detenções e a partir do material extraído de celulares e computadores apreendidos, o delegado Fernando Bravo, que chefia a investigação, espera esclarecer a motivação do crime. O telefone da amante do médico também foi apreendido. Em depoimento à polícia, segundo o promotor, a mulher contou que dormiu com o médico na noite anterior à morte de Larissa. Chumbinho detectado em exame O laudo toxicológico feito no corpo da vítima apontou a presença de chumbinho no organismo dela. O resultado aliado com depoimento de uma testemunha foram determinantes na prisão de mãe e filho, segundo o delegado. “No decorrer das investigações, fomos ouvindo diversas testemunhas que levantaram as suspeitas de que pudesse ter sido um homicídio. Isso foi confirmado com a conclusão do laudo toxicológico que detectou a presença do veneno conhecido popularmente como chumbinho no corpo dela”, disse Fernando Bravo. Uma dessas testemunhas é amiga da mãe de Garnica. Ela relatou à Polícia Civil que 15 dias antes da morte da professora, Elizabete entrou em contato para saber se ela tinha chumbinho em sua fazenda ou se sabia onde poderia encontrar a substância. Segundo a testemunha, Elisabete disse que o veneno era para uma amiga. Ela desligou o telefone depois que a mulher respondeu que não tinha e não sabia como comprá-lo. O médico Luiz Antonio Garnica e a esposa, a professora Larissa Rodrigues, que morreu envenenada em Ribeirão Preto, SP Arquivo pessoal A investigação busca entender como mãe e filho conseguiram a substância e como ela foi administrada. Uma das suspeitas do delegado é que Larissa tenha sido envenenada aos poucos, porque contou a amigos que passava mal toda vez que a sogra a visitava. Ainda de acordo com as investigações, Elizabete foi a última pessoa a vê-la com vida na véspera da morte. "Isso é um indicativo de que ela foi sendo envenenada aos poucos, o que corrobora todas as informações que pegamos, ter passado mal durante a semana, após a visita da sogra. Isso é um indicativo de que ela, para nós, foi envenenada aos poucos", disse Bravo. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

FONTE: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2025/05/09/professora-teve-conta-bancaria-movimentada-apos-ser-envenenada-e-morta-em-ribeirao-preto-diz-advogado.ghtml


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