Caso Igor Peretto: prazo para manifestações da defesa chega ao fim e Justiça agora definirá se réus vão a júri popular

  • 19/06/2025
(Foto: Reprodução)
Igor Peretto, de 27 anos, foi encontrado morto no apartamento da irmã, Marcelly Peretto, em 2024. Além dela, Rafaela Costa (viúva) e Mario Vitorino (cunhado) foram presos acusados de envolvimento no homicídio. Trio acusado de envolvimento na morte de Igor Peretto chega a fórum para audiência O prazo para que as defesas dos acusados de envolvimento na morte do comerciante Igor Peretto se manifestassem acabou. Agora, a Justiça decidirá se os réus vão a júri popular. Igor Peretto, de 27 anos, foi assassinado a facadas no dia 31 de agosto de 2024, no apartamento da irmã. O Ministério Público (MP-SP) apontou que Rafaela (viúva), Marcelly (irmã) e Mario (cunhado) premeditaram a morte de Igor por ser considerado um "empecilho no triângulo amoroso". ✅ Clique aqui para seguir o novo canal do g1 Santos no WhatsApp. Durante a fase de instrução do processo, ocorreram três audiências para ouvir testemunhas, apresentar documentos e colher os depoimentos dos acusados. Essa etapa serve para que o juiz reúna elementos que o ajudem a decidir se o caso vai a júri popular. Na última sessão, em 16 de junho, foi dado prazo até quarta-feira (18) para que as defesas apresentassem pedidos complementares, conhecidos como diligências. As defesas dos três réus se manifestaram dentro do prazo: O advogado de Rafaela: Pediu a devolução do celular dela, alegando que o aparelho pode conter provas que isentem a ré. O defensor de Mario Vitorino: Solicitou a revogação da prisão preventiva, apontou o vazamento de dados no inquérito e também pediu a devolução dos telefones. Defesa de Marcelly Peretto: Cobrou informações sobre exames em roupas e unha postiça da ré, buscando saber se há provas materiais contra ela. Agora, o Ministério Público e os assistentes da acusação serão intimados a apresentar as alegações finais. Em seguida, será a vez das defesas. Após essa etapa, o juiz decidirá se os acusados irão a júri popular ou se o processo será encerrado para algum deles. Casais estavam dentro do apartamento onde Igor Peretto foi encontrado morto em Praia Grande (SP) Yasmin Braga/g1 e Reprodução/Redes Sociais O que dizem as defesas? O advogado Yuri Cruz, que representa Rafaela, afirmou ao g1 que se manifestou no prazo estipulado, solicitando a restituição do aparelho celular da ré. "Para que a defesa técnica possa apurar a existência de novos elementos probatórios que possam robustecer [fortalecer], ainda mais, a categórica ausência de responsabilidade penal de Rafaela", disse. A defesa espera que Rafaela não vá a júri popular. De acordo com ele, as acusações da denúncia foram afastadas pelas provas produzidas na audiência. O advogado Mário Badures, que defende Mario Vitorino, disse que a defesa confia na imparcialidade do Judiciário para a aplicação da lei no caso considerado "tragédia para a vítima e todos os envolvidos". Mario Vitorino foi encontrado por irmão da vítima, o vereador Tiago Peretto, no interior de SP Arquivo pessoal, redes sociais e reprodução Segundo Badures, a defesa se manifestou na Justiça sobre "algumas diligências pendentes". "Entre elas, o acesso aos autos sobre o 'vazamento de dados' ocorrido no inquérito, a restituição dos telefones apreendidos, algumas questões técnicas acerca das provas digitais e, por fim, a revogação da prisão preventiva, que nesta altura do processo não encontra mais qualquer necessidade", afirmou. Já o advogado Leandro Weissman, que representa Marcelly Peretto, informou que solicitou informações sobre o inquérito feito pela Polícia Civil. "Embora o delegado de polícia, que conduziu toda a investigação, e o chefe dos investigadores, terem dito que não há qualquer prova de que Marcelly tenha entrado em luta corporal, outra testemunha informou que coletou unha postiça de Marcelly. Requeremos a diligência do processo retornar à delegacia para que seja informado se houve perícia e qual o resultado, bem como a roupa que ela usava e foi apreendida, visando saber de quem era o sangue existente", disse. Mario Vitorino, Marcelly Peretto e Rafaela Costa foram presos por envolvimento na morte de Igor Peretto Polícia Civil Primeira audiência Rafaela, Marcelly e Mario participaram da primeira audiência de instrução do caso no Fórum de Praia Grande, em 20 de março. De acordo com o vereador Tiago Peretto, que é irmão da vítima, Mario fez um gesto relacionado a uma facção criminosa antes da sessão. Segundo o político, os vídeos mostram "eles [os três acusados] debochando da população" enquanto eram escoltados até o Fórum. Apesar disso, o vídeo só mostra o gesto de Mario. "Esse símbolo que ele faz é de uma facção criminosa", acrescentou Tiago Peretto, sobre o gesto de Mario. O advogado Mario Badures, que representa Mario Vitorino no caso, disse na época não ter nada a declarar sobre o comentário do vereador. Mesmo algemado, Mario fez gesto que irmão da vítima associou a facção criminosa Reprodução Triângulo amoroso Casais (Mário e Marcelly, à esq. e Igor e Rafaela, à dir.) moravam próximos em Praia Grande (SP) e se encontravam com frequência Redes Sociais O MP-SP concluiu que o trio premeditou o crime porque Igor era um "empecilho no triângulo amoroso" entre Rafaela, Marcelly e Mario Vitorino. Ao g1, a promotora Roberta afirmou ter considerado o caso como "chocante e violento". A promotora disse que em nenhum momento os envolvidos tentaram salvar Igor ou minimizar o sofrimento dele. "Fizeram buscas de rota de fuga ou de quanto tempo demoraria para [o corpo] cheirar e chamar a atenção de alguém e eles terem tempo de fugir", complementou. Vantagem financeira Igor Peretto, irmão do vereador de São Vicente (SP), Tiago Peretto (União Brasil), foi morto a facadas em Praia Grande Reprodução/Redes Sociais e Thais Rozo/g1 De acordo com a denúncia recebida pela Justiça, a morte de Igor traria "vantagem financeira" aos acusados. Os advogados dos presos negaram a versão apresentada pelo MP-SP. De acordo com o MP, Mário poderia assumir a liderança da loja de motos que tinha em sociedade com o cunhado, enquanto a viúva receberia herança. “Marcelly, que se relacionava com os dois beneficiários diretos, igualmente teria os benefícios financeiros”, destaca o MP. O MP considerou a ação do trio contra Igor um "plano mortal". O documento diz que eles planejaram o crime, sendo que Mário desferiu as facadas, a viúva atraiu o comerciante e, junto com Marcelly, incentivou Mário a matá-lo. O órgão levou em conta essas informações para elaborar a denúncia por homicídio qualificado. “O crime foi cometido por motivo torpe, pois Mário, Rafaela e Marcelly consideraram Igor um empecilho para os relacionamentos íntimos e sexuais que os três denunciados mantinham entre eles. Ainda segundo a denúncia, o assassinato também foi praticado mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, pois Igor estava desarmado e foi atacado por uma pessoa com quem tinha relacionamento próximo e de quem não esperava mal. O crime Cronologia da morte do comerciante Igor Peretto: tudo que se sabe da descoberta da traição à morte Reprodução O crime aconteceu em 31 de agosto no apartamento da irmã de Igor, em Praia Grande. Dentro do imóvel estavam a vítima, Marcelly e Mário Vitorino. Rafaela chegou com Marcelly ao apartamento, mas o deixou 13 segundos antes do marido chegar com o suspeito pelo assassinato. De acordo com os depoimentos do trio e dos advogados, a viúva Rafaela tinha um caso com Mário. Além disso, o advogado de Marcelly chegou a dizer que a cliente e Rafaela tiveram um envolvimento amoroso no local antes da chegada de Igor e Mario no apartamento. Igor Peretto foi morto a facadas e teria ficado tetraplégico [sem movimento do pescoço para baixo] se tivesse sobrevivido. A informação consta em laudo necroscópico obtido pelo g1. Três pessoas próximas à vítima foram presas: a viúva, a irmã e o cunhado. Prisões Mario, Marcelly e Rafaela, investigados pelo homicídio contra o comerciante Igor Peretto Reprodução e Redes sociais As mulheres se entregaram e foram presas em 6 de setembro, enquanto Mário foi detido após ser encontrado escondido na casa de um tio de Rafaela, em Torrinha (SP), no dia 15 do mesmo mês. O trio havia sido preso temporariamente em setembro e, no início de outubro, a prisão temporária foi prorrogada. Na ocasião, a defesa de Rafaela chegou a entrar com pedido de habeas corpus, que foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). A Justiça de Praia Grande (SP) converteu as prisões do trio, de temporárias para preventivas, após a denúncia feita pelas promotoras Ana Maria Frigerio Molinari e Roberta Bená Perez Fernandez, do MP-SP. VÍDEOS: g1 em 1 minuto Santos

FONTE: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/06/19/caso-igor-peretto-termina-o-prazo-para-manifestacao-das-defesas-de-viuva-irma-e-cunhado-acusados-de-matar-comerciante.ghtml


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