Após ataque no Líbano, Israel reúne gabinete de guerra novamente para discutir resposta ao Irã

  • 16/04/2024
(Foto: Reprodução)
Hezbollah é aliado do Irã, que, no sábado, atacou Israel com drones e mísseis. Israel estuda resposta a ataque do Irã As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) fizeram ataques nesta segunda-feira (15) depois que mísseis e drones enviados pelo Irã e aliados atingiram seu território no sábado (13). AO VIVO: acompanhe os últimos desdobramentos ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A autoridade informou na tarde desta sexta (final da noite no horário local) que caças israelenses atacaram um complexo militar do Hezbollah em Meiss El Jabal e outro em Tayr Haifa, no sul do Líbano. A divulgação foi feita na conta do IDF no Telegram. O Hezbollah é um grupo aliado dos iranianos e participou da ofensiva iraniana contra Israel no sábado. Ainda não foram divulgados mais detalhes. Israel confirma que vai dar resposta a ataque do Irã LEIA TAMBÉM VÍDEO: 'Domo de Ferro' de Israel intercepta ataques do Irã; conheça o sistema 'Eixo de Resistência': conheça os grupos envolvidos na crise do Oriente Médio apoiados pelo Irã Resposta Quer entender o que aconteceu entre Irã e Israel? Mais cedo, o chefe de gabinete das Forças de Defesa Israelenses, Herzi Halevi, já havia dito que Israel responderia o ataque iraniano. O canal israelense Channel 12 também havia afirmado que o governo de Israel estudava uma réplica para "ferir" o Irãsem chegar ao ponto de provocar uma guerra regional. A orientação foi decidida nesta segunda-feira (15) após a reunião do gabinete de guerra montado pelo governo israelense para estudar uma retaliação ao ataque iraniano. Contexto: A ofensiva do Irã foi, ela própria, uma retaliação ao ataque israelense contra a embaixada iraniana na Síria. Rivais de longa data, Israel e Irã travam um duelo sangrento cuja intensidade varia conforme o momento geopolítico. Teerã é contra a existência de Israel, que, por sua vez, acusa o país inimigo de, movido pelo antissemitismo, financiar grupos terroristas. Com a guerra em Gaza, a situação só piorou. De acordo com o Channel 12, o governo de Benjamin Netanyahu tentará uma ação militar coordenada com os Estados Unidos. Washington, no entanto, já disse que não participaria de um eventual ataque ao Irã. Segundo autoridades que participaram do gabinete ouvidas pela agência de notícias Reuters, o gabinete era favorável a uma resposta, mas ainda não decidiu em que escala e quando isso acontecerá. No domingo (14), um dos membros do Gabinete de Guerra, Benny Gantz, já havia afirmado que o Irã pagará na hora certa pelo ataque feito ao país na noite de sábado (13). "Construiremos uma coalizão regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós", afirmou Gantz em comunicado oficial. O Gabinete de Guerra se reuniu para discutir a resposta do país ao ataque iraniano. O órgão é composto pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant e por Gantz, ex-comandante das Forças Armadas de Israel. O porta-voz da Diplomacia Pública de Israel, Avi Hyman, afirmou que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu ameaçou "ferir qualquer um" que tenha planos de atacar Israel. Questionado sobre o Irã, Brasil diz condenar 'qualquer violência' O primeiro-ministro disse que vai ferir qualquer um que tenha planos de nos atacar ou que aja nesse sentido. O Irã continua a desestabilizar o mundo e a trazer perigo para a região [...]. Nenhum país no mundo toleraria ameaças repetidas dessa natureza. "Houve um tempo que os judeus não tinham defesa e não tinham como se proteger. Hoje os judeus têm Israel e nós vamos defender nosso direito de viver livremente na nossa terra", acrescentou. Reuniões previstas para este domingo Netanyahu diz que vai ferir quem planejar ataque contra Israel Além do encontro do Gabinete de Guerra israelense para definir uma resposta ao ataque do Irã, outras reuniões estão previstas para tratar do tema, que elevou a tensão na região do Oriente Médio. Os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, também realizaram uma reunião virtual para articular uma resposta "diplomática e unida" à situação. Após o encontro, os líderes do grupo afirmaram condenar o ataque iraniano "sem precedentes" e expressaram "total solidariedade e apoio" a Israel e sua população, reiterando o compromisso em manter a segurança do país. "Com suas ações, o Irã deu um passo a mais em direção à desestabilização da região e corre o risco de provocar uma escalada regional [das tensões] incontrolável. Isso deve ser evitado", afirmaram os líderes do grupo em posicionamento oficial. "Continuaremos a trabalhar para estabilizar a situação e evitar uma nova escalada [das tensões]. Nesse espírito, exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques, e estamos prontos para tomar novas medidas agora e em resposta a [eventuais] novas [ofensivas]", acrescentaram. A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que, além dos EUA e da Itália, inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão. A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano "reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel". Mais para o fim da tarde, será a vez do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que convocou uma reunião de emergência a pedido de Israel para tratar do assunto. "O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e segurança globais, e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã. [...] Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana", disse o embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan, em documento enviado à ONU. Os ministros de Relações Exteriores dos países que compõem a União Europeia também foram chamados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, para um encontro extraordinário neste domingo para discutir a escalada do conflito. Ataque inédito Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. Entretanto, a mídia iraniana disse que mísseis conseguiram furar a proteção israelense. A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria -- entenda a cronologia do caso. Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense. Da retórica à chuva de mísseis e drones: entenda como foi o ataque do Irã contra Israel e as possíveis consequências O que se sabe sobre o ataque do Irã Netanyahu em 18 de fevereiro de 2024 REUTERS/Ronen Zvulun/File Photo O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel no fim da tarde de sábado (13), pelo horário de Brasília. Os drones demoraram horas até chegar ao alvo. No caminho, uma parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia. Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Israel. O serviço nacional de emergência médica de Israel informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones. O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram. Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma "ação legítima".

FONTE: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2024/04/16/apos-ataque-no-libano-israel-reune-gabinete-de-guerra-novamente.ghtml


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